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Acanthi

"A Senda do Cardo, a Torre do Espinho Lunargênteo, o Reino de Arcádia, Reinado do Encantamento, morada de fadas, regido pelos Arcanos da Sorte e do Tempo. Os Encantadores representam a carta de tarô "O Louco" e contam com a sorte e a intuição como guias."

Os magos do espinho Lunargênteo têm a reputação de ser os Despertos mais volúveis de todos. Para seus amigos, isso faz deles "espíritos livres" ou "uma brisa fresca". Seus detratores provavelmente aplicariam termos como "instáveis", "imaturos" ou "infantis". Muitos magos veem algo de predestinado ou sobrenatural nos Acanthi, e os próprios Encantadores dificilmente podem negar tal coisa.
    A maturidade e a estabilidade não são os pontos fortes daqueles que trilham a Senda do Cardo. Eles são visionários dotados de uma compreensão intuitiva extraordinária dos acontecimentos passados e futuros, mas é possível que nem sempre tirem proveito máximo de seus insights, para o grande dissabor de outros magos. Seus pares os acusam de excentricidade ou até mesmo irracionalidade, mas essas alegações não parecem incomodar nem um pouco os Acanthi. Já foram levantadas muitas razões para seu estranho comportamento. Houve quem sugerisse que aqueles que trilham a Senda dos Encantadores são tão inundados pelas ramificações intermináveis da corrente do tempo que nada lhes parece impossível e nenhuma decisão parece ser irreversível. Em usa defesa, pode-se dizer que a Senda do Cardo, de fato, promete mais do que um mago é capaz de administrar antes de desenvolver um pouco mais suas artes mágicas.
    Como grande parte de sua magia assume a forma de uma boa sorte excepcional, para o mago que trilha a Senda do Cardo é possível imaginar-se extraordinariamente afortunado, e muitos demonstram uma certa superstição até mesmo ao fazer mágicas. Por esse motivo, muitos acreditam que os Acanthi representam a carta de tarô "O Louco", pois contam apenas com a sorte para guiá-los em suas jornadas. Seu senso de deslumbramento e de infinitas possibilidades costuma inspirar outras pessoas a ter esperança, pois, para um Acanthus, as adversidades nunca são intransponíveis e existe sempre uma segunda chance.
    Os Acanthi se deixam fascinar pelas multidões, mas parecem dados a permanecer na periferia dos grupos com os quais se enturmam; nunca deixam de ser "os novatos", não importa há quanto fazem parte da roda. Seu jeito encantador costuma causar excelentes primeiras impressões, mas o charme tem suas limitações, principalmente quando as coisas ficam pretas e o Acanthus espera que outras pessoas façam o que ele não pode ou não quer fazer.
 

"O Significado das cartas é óbvio: haverá uma tragédia em sua vida, muito em breve. Mas existe alguém capaz de afastar esse destino. Naturalmente, tudo tem seu preço..."

Mastigoi

"A Senda da Flagelação, a Torre do Guante de Ferro, o Reino de Pandemônio, Reinado dos Pesadelos, morada de demônios, regido pelos Arcanos do espaço e da Mente. Os Bruxos representam a carta de tarô "O Diabo" e se deleitam com o livre-arbítrio."

Aqueles que Despertam no pesadelo fascinante da Senda da Flagelação estão fadados a fazer parte dos magos menos dignos de confiança que existem. Seu elo com o reinado dos Pesadelos confere-lhes um desejo insinuante e sedutor de manipular e subverter. Contudo, apesar da tentação constante que experimentam, eles ainda detêm o controle total da expressão desse impulso. Muitos Mastigoi acabam ganhando uma péssima reputação com o passar do tempo, mas outros tantos se esforçam para usar seus talentos extraordinários de maneira a, em ultima instância, promover o bem comum. Alguns deles julgam desempenhar uma função darwiniana. Tomando como alvo as deficiências alheiras, eles incitam as pessoas a tomar mais consciência de sua fraqueza e, dessa maneira, ajudam-nas a superar esses pontos fracos. Isso pode parecer abjeto para alguns indivíduos, mas muitos Despertos julgam as coisas mais por seu papel evolutivo do que com base num ponto de vista puramente ético. Quando o objetivo final é a ascensão ao Mundo Superno, as fraquezas individuais podem se mostrar mortíferas. É melhor ter um amigo catequista do que um inimigo.
    Um dos problemas que os Mastigoi costumam enfrentar nos primeiros passos da Senda é a impressão de que estão cercados por pessoas que guardam segredos. Não há dúvida de que de fatos os deixa com a sensação de estarem cercados por outras presenças, e todas elas têm os próprios segredos. Isso, às vezes, leva os Mastigoi a desconfiar de tudo e a desenvolver um certo pendor para a espionagem e a manipulação, coisas que lhes são muito úteis, mas acabam abalando suas reputações.
    Os Mastigoi só reconhecem a si mesmos como mestres. Fogem de todo e qualquer código de conduta que eles mesmos não tenham estabelecido. Em alguns casos, isso leva a um código extremamente rígido, algo que se esperaria mais de um monge asceta do que de um Bruxo, mas outros que trilham a Senda da Flagelação usam us aversão particular do niilismo como desculpa para se entregar a qualquer comportamento que pareça bom, independentemente das consequências para si mesmo ou para outras pessoas. Há quem os associe à carta de tarô "O Diabo", uma vontade poderora e livre de preocupações morais.
    No universo mágico, a marca registrada dos Mastigoi é a discrição. Sua magia raramente é chamativa ou espalhafatosa, e muitos que trilham essa Senda se sentem vivamente pouco á vontade usando qualquer tipo de magia óbvia.
    Muitos outros magos supõem que todos os Mastigoi são corruptos por natureza, mas isso equivale a confundir os Bruxos com as aplicações mais vis de sua filosofia. É verdade que um mortal que já tem tendências destrutivas pode tirar proveito máximo dessa inclinação depois de Despertar como Mastigos, mas também é verdade que um mago de natureza benigna pode exercer sua vontade em prol do bem comum com a mesma facilidade.
 

"Você tem o complexo de Édipo estampado na alma: que neurosezinha insignificante.
O que aconteceu com as grandes megalomanias do passado? Os Césares e os Napoleões?
Se é para não bater bem da cabeça, tente pelo menos alguma coisa mais complicada."

Moroi

"A Senda da Ruína, a Torre da Moeda de Chumbo, o Reino de Estígia, Reinado das Criptas, morada de espectros, regido pelos Arcanos Matéria e da Morte. Os Necromantes representam a carta de tarô "A Morte" e continuam imutáveis em meio à mudanças"

Muitos que trilham a Senda da Ruína Despertam depois de uma experiência de quase-morte, e têm seus olhos abertos para a existência da magia pela violência do ato que quase os matou e por sua breve viagem pelas terras dos mortos. Esses magos geralmente descrevem seus Despertares como se ouvissem a algazarra do mundo se extinguir aos poucos e fossem envolvidos numa mortalha de tranquilidade. É essa mortalha que lhes permite manter a compostura depois de ganhar a capacidade de ouvir os gritos estridentes e as súplicas das almas penadas.
    Acima de tudo, a Senda Moros cuida da transição e da transformação. Sua magia se concentra na margem transformadora em que a vida passa a ser morte, o chumbo vira ouro e a ignorância desabrocha no conhecimento. Os Necromantes se deixam fascinar pelas margens dos objetos, lugares e estados de existência, onde a praia passa a ser mar, onde o carvão torna-se diamante e onde a terra dos vivos se transforma na terra dos mortos. Não é de admirar que eles remetam as pessoas à carta de tarô "A Morte", a carta das transições.
    Os Necromantes geralmente são hipersensíveis à brevidade da vida e entendem que têm pouquíssimo tempo para obter os segredos da transformação que tanto desejam. Costumam ficar obcecados com seus estudos e dormem apenas umas duas horas por noite a fim de ganhar tempo suficiente para suas pesquisas.
    Os magos Moroi que dominam as artes essenciais da alquimia libertam-se das preocupações financeiras do cotidiano que afligem alguns outros magos, pois conseguem criar fortunas em outro e pedras preciosas com o mínimo de esforço.

"É dai que eu consigo transformar cinzas em diamantes ?
Nem todas as riquezas da terra poderiam comprar um pouco mais de vida. Até mesmo os diamantes irão se desintegrar um dia."

Obrimoi

"A Senda dos Poderosos, a Torre da Chave de Ouro, o Reino do Éter, Reinado das Esferas Celestes, morada de anjos, regido pelos Arcanos das Forças e do Primórdio. Os Teurgos representam a carta de tarô "A Força" e se dedicam a um mandato celestial."

Os magos que Despertam com um vínculo no Reinado das Esferas Celestes costumam relembrar seus Despertares como se tivessem sido atingidos por um raio divino e se transformado no trovão. Sem aviso, e sem entender bem o motivo, eles são tomados pela certeza absoluta de que são os campeões do Divino, mas a definição de "Divino" parece variar drasticamente entre eles. Alguns creem que o Divino é um deus patriarcal e julgador. Outros percebem o Divino como uma manifestação da Natureza imanente, ao passo que outros ainda acham que se trata de um processo contínuo e racional de coincidências autoconhecedoras. Seja como for que imaginem o Divino - e muitos passam anos tentando discernir a serviço de que força eles estão afinal - , todos os poderosos concordam que Despertaram para servir como os guerreiros Dele.
    No fim das contas, nenhuma religião em particular une os magos que trilha a Senda dos Poderosos, e sim suas convicção de que estão fazendo a coisa certa, travando o bom combate e fazendo a vontade do Divino se manifestar na Terra (e em outros lugares).
    Os Obrimoi se empenham em fazer aquilo que entendem que é justo e certo pelo bem de todos. Da maneira que veem a coisa, o mundo está perdido e eles foram encarregados de devolvê-lo aos trilhos certos... não importa como. Os outros associam os Obrimoi à carta de tarô "A Força", dotada de uma vontade indômita e de um propósito decidido.
    Essa ideia de direito divino dá aos Obrimoi uma confiança difícil de abalar. Não costumam duvidar tanto de si mesmos e sofrem de um caso bastante irônico de húbris. Um mago Obrimoi sabe que o mundo é feito de energia e magia, e a ele foi dado o direito de usá-las. Na falta de um meio direto de comunicação com uma divindade, muitos chegam à conclusão de que suas próprias vontades são a vontade divina. Vale o que eles disserem, muito embora isso possa contradizer as palavras de um outro mago, mesmo sendo um outro Obrimos.
 

"Você resiste?
A mim, que atravessei o fogo sem me queimar?
Já vi suas proteções mágicas e posso desfiá-las com uma só palavra.
Não se atreva a me desafiar."

Thyrsi

A Senda do Êxtase, a Torre do Livro de Pedra, o Reino da Natureza Primordial, Reinado dos Totens, morada de feras, regido pelos Arcanos do Espírito e da Vida. OS Xamãs representam a carta de Tarô "A Lua" e se deixam fascinar pela paixão e por atos impulsivos.

Os magos do espinho Lunargênteo têm a reputação de ser os Despertos mais volúveis de todos. Para seus amigos, isso faz deles "espíritos livres" ou "uma brisa fresca". Seus detratores provavelmente aplicariam termos como "instáveis", "imaturos" ou "infantis". Muitos magos veem algo de predestinado ou sobrenatural nos Acanthi, e os próprios Encantadores dificilmente podem negar tal coisa.
    A maturidade e a estabilidade não são os pontos fortes daqueles que trilham a Senda do Cardo. Eles são visionários dotados de uma compreensão intuitiva extraordinária dos acontecimentos passados e futuros, mas é possível que nem sempre tirem proveito máximo de seus insights, para o grande dissabor de outros magos. Seus pares os acusam de excentricidade ou até mesmo irracionalidade, mas essas alegações não parecem incomodar nem um pouco os Acanthi. Já foram levantadas muitas razões para seu estranho comportamento. Houve quem sugerisse que aqueles que trilham a Senda dos Encantadores são tão inundados pelas ramificações intermináveis da corrente do tempo que nada lhes parece impossível e nenhuma decisão parece ser irreversível. Em usa defesa, pode-se dizer que a Senda do Cardo, de fato, promete mais do que um mago é capaz de administrar antes de desenvolver um pouco mais suas artes mágicas.
    Como grande parte de sua magia assume a forma de uma boa sorte excepcional, para o mago que trilha a Senda do Cardo é possível imaginar-se extraordinariamente afortunado, e muitos demonstram uma certa superstição até mesmo ao fazer mágicas. Por esse motivo, muitos acreditam que os Acanthi representam a carta de tarô "O Louco", pois contam apenas com a sorte para guiá-los em suas jornadas. Seu senso de deslumbramento e de infinitas possibilidades costuma inspirar outras pessoas a ter esperança, pois, para um Acanthus, as adversidades nunca são intransponíveis e existe sempre uma segunda chance.
    Os Acanthi se deixam fascinar pelas multidões, mas parecem dados a permanecer na periferia dos grupos com os quais se enturmam; nunca deixam de ser "os novatos", não importa há quanto fazem parte da roda. Seu jeito encantador costuma causar excelentes primeiras impressões, mas o charme tem suas limitações, principalmente quando as coisas ficam pretas e o Acanthus espera que outras pessoas façam o que ele não pode ou não quer fazer.
 

"Você se lembra daqueles velhos filmes que se passavam na selva, em que os exploradores ouviam tambores agourentos ao longe?
Alguém os caçava. Ouça.
Está ouvindo os tambores ?
O que anda caçando você ?"

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